quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Estrabismo

Estrabismo é uma condição comum entre crianças, que afeta cerca de 4% da população, mas que também pode ocorrer mais tarde durante a vida. Ele ocorre igualmente em pessoas do sexo masculino e feminino. Nas instituições para cegos e clínicas de visão subnormal as estatísticas demonstram que 70% dos pacientes não seriam cegos, se tivessem sido tratados precocemente. Essa estatística se reveste de grande importância social, quando consideramos que esses cegos poderiam ser pessoas com visão normal se tivessem sido examinadas no início de suas vidas.O Diagnóstico precoce da deficiência visual é essencial, porque no primeiro ano de vida é que as funções visuais básicas se estabelecem ativando as funções visuais cerebrais.
O Estrabismo tem por definição a falta de paralelismo de ambos os olhos,ou seja,quando um olho fixa um objeto e o outro não acompanha,levando ao cérebro duas imagens distintas provenientes uma de cada olho.Quando isto ocorre em adultos a pessoa terá a sensação de enxergar duas imagens distintas,fenômeno conhecido como diplopia. Em crianças abaixo de 6 anos de idade acontece um mecanismo chamado de supressão.Para proteger a criança da confusão das duas imagens o cérebro "desliga" o olho desviado.Se esse fenômeno da supressão persiste durante muito tempo ele gera uma diminuição permanente e muitas vezes irrecuperável da visão que damos o nome de ambliopia.
Tipos de Estrabismos mais comuns:
 
Convergente:Desvio dos olhos para dentro(medial)
 
Imagem 1
 
Divergente:Desvio dos olhos para fora(temporal)
 
Imagem 2
 
Há ainda os estrabismos verticais e oblíquos que podem se associar aos convergentes e divergentes.

Tratamento

A primeira linha de tratamento consiste em reestabelecer a visão que muitas vezes se apresenta diminuída em crianças.O tratamento de oclusão do olho de melhor visão para estimular o olho desviado ainda é classicamente utilizado.Em muitos casos o estrabismo é associado a erros de refração (miopia ,astigmatismo e hipermetropia) que devem ser corrigidos com óculos ou lentes de contato associados ou não à terapia de oclusão.Em alguns casos este tratamento resolve o estrabismo.Quando isso não acontecer indica-se cirurgia. Como os movimentos oculares dependem da atividade conjunta dos 12 músculos(6 para cada olho) o tratamento na grande maioria das vezes é cirúrgico. Através da regulagem de força destes músculos se consegue um alinhamento eficiente. A cirurgia de estrabismo é feita em caráter ambulatorial.Com a evolução das novas técnicas cirúrgicas tais como as suturas reajustáveis e o uso da toxina botulínica cada vez mais se logra sucesso pós operatório.
Por fim,toda a criança com suspeita de estrabismo,por menor que seja,ou com história familiar de estrabismo,deve ser avaliada o quanto antes para impedir o desenvolvimento da ambliopia.Naqueles pacientes que apresentam estrabismo em idade mais avançada também o resultado cirúrgico pode ser promissor,não existindo limite de idade para a correção cirúrgica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário