domingo, 14 de outubro de 2012
Estudos recentes comprovam que a saúde dos olhos pode ser preservada com uma boa alimentação. O consumo regular de alimentos que contenham o ômega 3, como por exemplo o peixe diminui o risco da degeneração macular, problema que pode levar à cegueira.
O ômega 3 está presente na retina dos olhos e precisa ser renovado com frequência. A falta dessa gordura pode favorecer o aparecimento de doenças oculares. Pesquisadores afirmam que consumir peixe uma vez por semana já é o suficiente para inibir o aparecimento de complicações na visão.
Veja os alimentos que fazem bem à visão:
Azeite Virgem: alimento rico em ômega 3 e ajuda na prevenção contra a degeneração macular. Recomenda-se a ingestão de 100ml de azeite por semana.
Peixes: como citados anteriormente, são fontes ômega 3 além das vitaminas A, B, D e E. A ingestão desse alimento proporciona o recebimento de bastante oxigênio no corpo, que é essencial para manter uma boa saúde para os seus olhos.
Legumes, frutas e verduras amarelas e verdes: são fontes ricas de carotenoides, substância que preserva a mácula. Esse nutriente pode ser encontrado na laranja, maçã, mamão, cenoura, tangerina, brócolis e couve.
Ovos: em pesquisa realizada, foi constatado que consumir de dois a quatro ovos por dia durante cinco semanas reduz o risco de degeneração macular em idosos. É importante ficar atento aos niveis de colesterol antes de apostar nesse alimento.
Alho e cebola: esses alimentos são dilatadores dos vasos sanguíneos, diminuem a pressão arterial e prevenindo contra o glaucoma.
Óleo de linhaça: fonte de ômega 3, seu consumo favorece o tratamento contra o mal dos olhos secos.
A alimentação influencia o funcionamento do nosso corpo, é de extrema importância manter uma dieta balanceada que forneça todos os nutrientes para o nosso organismo funcionar corretamente.
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
terça-feira, 2 de outubro de 2012
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Toxoplasmose Ocular
A toxoplasmose é causada pelo Toxoplasma Gondii e é a principal causa de uveíte posterior no Brasil.
O seu ciclo de vida compreende duas fases: Uma assexuada que ocorre nos tecidos dos hospedeiros intermediários e a fase sexuada que ocorre no intestino dos felínos, como os gatos.
A transmissão se dá pela ingestão dos cistos eliminados nas fezes dos gatos e disseminados pela chuva, vento, água e também por intermédio de insetos que contaminam a água e os alimentos. A ingestão de carne crua ou mal cozida, a transmissão da mãe ao feto por via transplacentária, a ingestão de leite ou saliva, transfusão sanguínea, deposição do protozoário através do esperma na mucosa vaginal, manipulação de animais mortos contaminados são outras fontes de contaminação.
No Brasil de 50 a 83% dos adultos já tiveram contato com o Toxoplasma, sendo a doença mais prevalente onde a ingestão de carne crua e água não tratada é mais comum.
A principais formas de evitar a contaminação são:
- Evitar contato com fezes de gato.
- Lavar frutas , legumes e verduras com água filtrada ou fervida e lavar as mãos após o preparo.
- Controlar pragas domésticas como baratas, ratos e moscas.
- Evitar a ingestão de carnes cruas ou mal cozidas.
- Ingerir apenas leite e queijos industrializados.
- Precauções com derivados de sangue.
A toxoplasmose pode se manifestar logo após o nascimento ou alguns anos após, sendo esta considerada a forma congênita da doença, recente e tardia respectivamente. Esta transmissão se dá através da mãe para o filho. Existe ainda a forma adquirida em que a doença ocorre em qualquer fase da vida.
As manifestações da doença congênita variam de casos poucos sintomáticos até formas graves com comprometimento neurológico e ocular.
A Toxoplasmose ocular pode ocorrer também nas fases mais tardias da vida. Neste caso, o protozoário fica encistado em vários tecidos do corpo, inclusive no olho, e em alguma fase da vida por motivo desconhecido a doença se torna ativa dentro do olho necessitando tratamento específico.
A manifestação mais comum da doença ocular é atraves de uma inflamação de algumas estruturas no fundo do olho chamada coróide e retina.
Os sintomas mais comuns são dor ocular de intensidade variavél e embaçamento da visão.
O tratamento é feito com antibioticos contra o Toxoplasma e a prognóstico varia de acordo como local da retina onde ocorre a manifestação da doença variando de recuperação completa da visão até casos de comprometimento severo da acuidade visual.
Casos onde a visão fica comprometida por cicatrizes relacionadas com a doença são de caráter definitivo e sem possibilidade de melhoras.
Presbiopia
O que é ?
A presbiopia, chamada de vista cansada, é uma alteração natural da visão que ocorre com todas as pessoas a partir dos 40 a 45 anos. O cristalino perde a elasticidade e a capacidade de acomodação, resultando em uma crescente dificuldade para ver bem de perto.
Primeiros sinais
Os seus braços já não são suficientemente compridos para poder ler o jornal ou o menu no restaurante? Seus filhos "implicam"com você, ao vê-lo (a) tentando ler o preço na etiqueta dos produtos ? Aproxima-se mais da luz para ler ? Não consegue ler a bula dos remédios ? Esses são os primeiros sintomas da presbiopia ou vista cansada.
Se você é míope muitas vezes é melhor ler sem óculos.
Detalhes sobre os óculos :
Embora todas as lentes para presbiopia tenham por objetivo proporcionar a recuperação da visão de perto, intermediária e longe, nem todas conseguem isso. A lente mais completa para a correção da presbiopia é a lente progressiva pois permite correção a todas as distâncias distâncias sem traço divisório. Para que seja confortável, a lente progressiva tem que ser de boa qualidade.
Existem, também, as lentes só para perto e de meia distância, que são usadas para leitura ou no escritório, não servindo para todas as atividades diárias.
Olho Seco
O que é a doença ?
O olho seco é uma doença crônica, caracterizada pela diminuição da produção da lágrima ou deficiência em alguns de seus componentes, ou seja, pouca quantidade e/ou má qualidade da lágrima. Este distúrbio no filme lacrimal e na superfície ocular pode produzir áreas secas sobre a conjuntiva e córnea, o que facilita o aparecimento de lesões. Os sintomas são de ardor, irritação, sensação de areia nos olhos, dificuldade para ficar em lugares com ar condicionado ou em frente do computador e olhos embaçados ao final do dia.
A doença está relacionada à exposição a determinadas condições do meio ambiente (poluição, computador), trauma (queimaduras químicas), alguns medicamentos, idade avançada, uso de lentes de contato, menopausa nas mulheres e doenças do sistema imunológico (síndrome de Sjögren, Stevens-Johnson e outras). Quando não diagnosticada e corretamente tratada, pode evoluir para lesão da superfície ocular e, em alguns casos, até à perda da visão.
A Síndrome do Olho Seco poder ser dividida em 2 grupos principais, de acordo com a fisiopatologia:
1) Deficiência aquosa do filme lacrimal (DAFL);
2) Evaporação excessiva, predominantemente associada à disfunção das glândulas de Meibomius ou deficiência de mucina.
O que é o filme lacrimal ?
O filme lacrimal é composto de 3 camadas. A camada mais externa, ou lipídica, protege e previne a evaporação da lágrima. A camada do meio é chamada de aquosa e é responsável pela nutrição e oxigenação da córnea. Além disso, contém várias substâncias com atividade antibacteriana. A 3º camada é composta por mucina e faz a interação entre a camada aquosa e as células superficiais da córnea/conjuntiva, facilitando sua aderência e permanência na superície ocular. As lágrimas são produzidas constantemente para lubrificar os olhos. Esta produção pode ser ainda aumentada após resposta reflexa a alguns estímulos exteriores, como poluição, alérgenos, trauma e emoção.
Como a lágrima é eliminada?
Após umidificar e lubrificar a superfície ocular, 50% da lágrima se perde através da evaporação. Uma parte da secreção basal é absorvida na conjuntiva e mucosa que reveste todo o interior das vias lacrimais. Somente o volume excedente de lágrimas atinge a cavidade nasal, passando através dos pontos lacrimais (70% pelo ponto inferior e 30% pelo ponto superior), pelos canalículos, saco lacrimal e ducto nasolacrimal. Existe um mecanismo de bombeamento que é responsável pela excreção do filme lacrimal, envolvendo as pálpebras através do piscar.
Por que piscamos?
O ato de piscar, que ocorre numa frequência definida, tem a função de distribuir a lágrima pela superfície ocular e também facilitar o bombeamento das lágrimas pelas vias de drenagem, que escoam para a cavidade nasal.
O que é secreção basal e reflexa?
A secreção basal é a produção constante de lágrima, cujo volume produzido normalmente durante o dia, é de 0,5 a 1 ml, suficiente para manter o olho úmido e lubrificado. O volume produzido é menor à noite. A secreção reflexa é a produção de grande volume de lágrima e ocorre em resposta à estimulaçãp da córnea e/ou conjuntiva. A secreção reflexa ocorre em ambos os olhos, mesmo que apenas um tenha sido estimulado.
O que causa o olho seco ?
1. O ambiente : Clima seco, com vento e ensolarado, fumaça de cigarro, a poluição, lugares fechados, calefação, ar condicionado e monitores de computador podem aumentar a evaporação e causar olho seco.
2. Queimaduras químicas : A exposição a agentes químicos ocorre, na maioria das vezes, em acidentes industriais, acidentes domésticos ou em associação com atos criminosos e está associada ao desenvolvimento de olho seco As queimaduras por álcali ocorrem mais freqüentemente, geralmente numa proporção de 2:1, devido à presença destas substâncias em produtos de limpeza e materiais de construção em geral. Este tipo de queimadura também está associado aos casos mais graves de olho seco e destruição da superficie ocular.
3. Medicamentos: Descongestionantes e anti-histamínicos, tranqüilizantes, antidepressivos e pílulas para dormir, diuréticos, pílulas anticoncepcionais, alguns anestésicos, medicamentos para tratamento da hipertensão arterial (betabloqueadores) e para transtornos digestivos (anticolinérgico) podem causar olho seco
4. Lente de Contato : As lentes de contato diminuem a quantidade de oxigênio sobre a córnea, podendo causar irritação e sensação de olho seco. .
5. Idade e sexo: Como regra geral, com a idade, a produção de lágrimas diminui. Aos 65 anos, por exemplo, uma pessoa produz 60% menos lágrimas que aos 18 anos. As mulheres freqüentemente têm esse problema agravado quando estão na menopausa por causa das mudanças hormonais. Estima-se que a incidência do olho seco na população de mais de 65 anos gire ao redor de 15% a 40% da população.
6. Doenças Sistêmicas associadas:
6.1. Síndrome de Sjögren
6.2. Stevens-Johnson
6.3. Penfigóide cicatricial ocular
6.4. Sarcoidose
6.5. Parkinson
Sintomas
- Queimação
- Irritação
- Olhos vermelhos
- Visão borrada que melhora com o piscar
- Lacrimejamento excessivo
- Desconforto após ver televisão, ler ou trabalhar em computador
- Irritação
- Olhos vermelhos
- Visão borrada que melhora com o piscar
- Lacrimejamento excessivo
- Desconforto após ver televisão, ler ou trabalhar em computador
O quadro clínico varia dos casos mais brandos, com queixa básica de desconforto, aos mais graves, por vezes com sérias complicações, como úlcera e perfuração da córnea.
Os sintomas incluem sensação de corpo estranho, queimação, fotofobia e embaçamento e costumam piorar no final do dia, nas condições de baixa umidade (ex: ambientes com ar condicionado ou aquecedores) e após uso excessivo da visão para perto (ex: computador).
Os sintomas incluem sensação de corpo estranho, queimação, fotofobia e embaçamento e costumam piorar no final do dia, nas condições de baixa umidade (ex: ambientes com ar condicionado ou aquecedores) e após uso excessivo da visão para perto (ex: computador).
Como diagnosticar ?
Há diversos métodos para diagnosticar olhos secos. O oftalmologista deve medir a produção, a taxa de evaporação e a qualidade das lágrimas, com testes específicos.
O Teste de Schirmer é o mais utilizado para o diagnóstico de olho seco e consiste na colocação de uma tira de papel de filtro de 35 x 5mm, com os primeiros 5mm dobrados no fundo de saco conjuntival inferior. Após 5 minutos, mede-se a quantidade de umedecimento da tira de papel. Valores superiores a 15mm são considerados normais.
As colorações por corantes vitais (Fluoresceína, Rosa Bengala ou Lisamina verde) são utilizadas para detecção de celúlas superficiais da córnea/conjuntiva que estejam sendo comprometidas pelo olho seco.
O tempo de ruptura do filme lacrimal (em inglês, Break Up time) avalia o tempo que demora para iniciar, após o piscar, o apecimento de áreas de quebra do filme lacrimal sobre a superfície da córnea.
Testes mais específicos podem ser utilizados, como a citologia de impressão, teste da cristalização da lágrima, dosagem de lisozima, lactoferrina, teste de osmolaridade da lágrima, interferometria entre outros.
Dicas para o dia a dia
- Se você usa lágrimas artificiais mais de 4 vezes ao dia, não use as que contenham preservativos (conservantes).
- Nos casos mais grave, para dormir , faça uso de pomada lubrificante sem preservativo para aliviar a secura de seus olhos por tempo mais prolongado.
- Quando dormir em ambiente de ar condicionado ou com ventilador, coloque a máscara sobre os olhos para protegê-los.
- Use umidificador ou vaporizador para manter um nível confortável de umidade do ar no ambiente .
- Evite correntes de ar oriundas de aparelhos de ar condicionado, leques , ventiladores ou aparelho de calefação .
- Caso necessite fazer uso de nebulização, não esqueça de proteger seus olhos com compressas de água filtrada ou com óculos de natação, evitando desta forma que o vapor resseque seus olhos.
- Proteja os olhos evitando exposição ao vento e ao sol com protetores adequados.
Existe tratamento
O tratamento é basicamente sintomático. Mais recentemente, novas modalidades de tratamento com objetivo de atingir a causa do olho seco têm sido introduzidas. São 5 estágios de tratamento para o olho seco:
1 - SUBSTITUIÇÃO DA LÁGRIMA: Lágrimas artificiais. Existem as lágrimas artificiais aquosas e as viscosas para quadros mais severos. Atualmente, algumas lágrimas artificiais não possuem ou netralizam os conservantes. Este tipo pode ser utilizado mais frequentemente do que o habitual.
2 - CONSERVAÇÃO DA LÁGRIMA: A oclusão dos pontos lacrimais pode ser feita com plugs, provisórios de colágeno ou permanentes de silicone, que permanecem dentro dos ductos lacrimais. Os plugs podem ser introduzidos no olho manualmente pelo médico no consultório, sem que o paciente sinta dores. Outra opção é a cauterização dos pontos lacrimais ou oclusão cirúrgica.
3 - ESTIMULAÇÃO DA PRODUÇÃO DE LÁGRIMAS: Existem certos medicamentos que aumentam o lacrimejamento como a pilocarpina, porém, possuem uma série de efeitos colaterais.
4 - TERAPIA ANTI INFLAMATÓRIA: Esse tipo de tratamento pode ser baseado no uso adequado e controlado de corticóide tópico e da ciclosporina tópica. A idéia é minimizar o efeito do processo imune nas glândulas lacrimais e superfície ocular. Alguns estudos estão sendo realizados para avaliar a importância da chamada "dieta no tratamento do olho seco". Essa dieta deve ser rica em Ômega 3 (óleo de linhaça, verduras, nozes e peixes), que possuem propriedades anti inflamatórias.
5 - TERAPIA HORMONAL: Utilização de hormônios andrógenos orais ou tópicos, ainda em estudo.
Perguntas Frequentes
O que é a lágrima ?
A lágrima é uma combinação complexa de substâncias que se organizam em três camadas. A parte mais fina externa ou lipídica contém componentes que reduzem a evaporação. A camada do meio ou aquosa é produzida principalmente pela glândula lacrimal principal e acessória e é composta por substâncias que mantém a salinidade e acides das lágrimas em níveis normais. A camada do meio também carrega anticorpos e outros agentes de defesa contra infecções oculares. A camada de mucina ajuda a lágrima a manter-se aderente à córnea.
A Síndrome de Olho Seco pode ir e vir?
Em casos iniciais, os sintomas causados pelo olho seco podem ir e vir. Porém, os mesmos sintomas podem tornar-se persistentes à medida que a doença se agrava. Na maior parte das causas de olho seco, pacientes experimentam grande desconforto com o progresso da doença.
Quem tem olho seco é afetado por agentes do ambiente, como poeira, pólen e fumaça de cigarro?
Sim. Pessoas sensíveis a pólen, poeira e fumaça de cigarro podem facilmente ter seu problema de olho seco agravado pela exposição a tais agendes irritantes.
O branco dos meus olhos ardem e na maior parte do tempo estão vermelhos. Pode ser Olho Seco?
Dor e vermelhidão da conjuntiva (branco dos olhos) não está necessariamente relacionado a olho seco. Pode ser o resultado de uma reação alérgica a substâncias do ar. Porém, a pessoa deve consultar um oftalmologista se a irritação persistir.
Meus olhos continuamente produzem excessiva quantidade de lágrimas. Isso pode ser Olho Seco?
Sim. Se o tipo de Olho Seco for relacionado à qualidade, e não à quantidade de lágrimas, o excesso de lágrimas pode estar sendo produzido em resposta à irritação. Ou seja, se algum componente essencial da lágrima está faltando, o olho recebe uma sensação de desconforto causado pela própria lágrima e a irritação pode continuar a estimular a produção.
O que posso fazer para prevenir ou curar a Síndrome do Olho Seco?
- Realizar exames anuais.
- Procurar um oftalmologista imediatamente após detectar sintomas de Olho Seco ou algum declínio na visão.
- Faça este simples e novo TESTE DE OLHO SECO para descobrir:
Sensação de queimação | SIM | NÃO |
Sensação de ardência | SIM | NÃO |
Coceira ou sensação de corpo estranho e areia nos olhos | SIM | NÃO |
Ressecamento | SIM | NÃO |
Sensibilidade a luz brilhante (fotofobia) | SIM | NÃO |
Secreções de muco nos olhos (purulência) | SIM | NÃO |
Se você respondeu SIM para um ou mais dos sintomas acima, você pode ter olho seco. É importante conversar com seu oftalmologista sobre opções para tratamento do olho seco.
Glaucoma
O Glaucoma é uma doença que atinge o nervo óptico e envolve a perda de células da retina responsáveis por enviar os impulsos nervosos ao cérebro. A pressão intra-ocular elevada é um fator de risco significativo para o desenvolvimento do glaucoma, não existindo contudo uma relação direta entre um determinado valor da pressão intra-ocular e o aparecimento da doença, ou seja, enquanto uma pessoa pode desenvolver dano no nervo com pressões relativamente baixas, outra pode ter pressão intra-ocular elevada durante anos sem apresentar lesões. Se não for tratado, o glaucoma leva ao dano permanente do disco óptico da retina, causando uma atrofia progressiva do campo visual, que pode progredir para cegueira. Quando se manifesta em sua forma aguda, a pressão interna do olho torna-se extremamente alta e causa perda súbita e grave da visão (a média da pressão é 16 mmg porém varia entre 12 até 21 mmg sem no entanto causar problemas na maioria das pessoas).
Quais os sinais e sintomas do Glaucoma?
O glaucoma raramente apresenta sintomas. Os sinais da doença na forma AGUDA são fortes DORES DE CABEÇA, FOTOFOBIA, ENJÔO e DOR OCULAR intensa.
Na forma CRÔNICA a doença se manifesta por perda da visão periférica . No começo a perda é sutil, e pode não ser percebida pelo paciente. Perdas moderadas a severas podem ser notadas pelo paciente através de exames atentos da sua visão periférica. Frequentemente o paciente não nota a perda de visão até vivenciar a "visão tubular", ou seja, apenas a visão central é percebida, o paciente começa a tropeçar, esbarrar em objetos, porque a percepção periférica é ausente. Se a patologia não for tratada, o campo visual se estreita cada vez mais, obscurecendo a visão central e finalmente progredindo para a cegueira do olho afetado. Esperar pelos sintomas de perda visual não é o ideal. A perda visual causada pelo glaucoma é irreversível, mas pode ser prevenida, atrasada ou estabilizada por tratamento. Um oftalmologista deve ser consultado pelas pessoas com risco de desenvolver glaucoma e/ou que tenham histórico familiar.
Quais os exames necessários para diagnóstico do glaucoma?
Para o diagnóstico do glaucoma alguns EXAMES devem ser realizados, como: TONOMETRIA DE APLANAÇÃO (exame para a tomada da pressão intraocular), FUNDO DE OLHO (exame para avaliar se existe lesão do nervo óptico provocado pelo glaucoma), GONIOSCOPIA (exame para classificar o tipo de glaucoma) e CAMPO VISUAL (exame para avaliar se há perda do campo visual). O diagnóstico precoce do glaucoma só é feito em um exame oftalmológico de rotina e a medida anual da pressão intraocular é a forma mais sensata de se preservar a VISÃO.
A pressão alta dos olhos pode ser um indicativo de glaucoma?
Sim, um dos fatores de risco relacionados ao glaucoma é a pressão interna do olho alta. Entretanto este não é o único fator que contribui para a doença, pois algumas pessoas com pressão do olho alta nunca demonstrarão lesão por glaucoma. Somente com acompanhamento e verificando outros fatores como aparência do NERVO ÓPTICO e o exame de CAMPO VISUAL comparativo dará melhores informações.
Mesmo com a pressão ocular baixa a visão pode continuar piorando?
Sim, o bom controle da pressão interna do olho retarda a lesão do glaucoma, porém já foi observado que ele pode continuar a piorar em algumas pessoas, demonstrando que outros fatores podem estar relacionados para sua piora.
O glaucoma deixa o paciente cego?
Sim, a perda progressiva do CAMPO DE VISÃO PERIFÉRICO pode causar grandes dificuldades para perceber objetos a sua volta (porém só ocorre com muitos anos de doença não controlada, geralmente). Já o glaucoma avançado pode acometer a VISÃO CENTRAL também (aquela que se usa para leitura), podendo chegar ao ponto de perda total da VISÃO.
A cegueira causada pelo glaucoma é reversível?
Não, como ela se dá pela lesão que ocorre em fibras de nervos que saem da RETINA para o NERVO ÓPTICO, não se tem ainda como recuperá-las.
Quais são os grupos de risco?
O glaucoma é uma doença de caráter hereditário, e por isso em famílias de portadores de glaucoma há a necessidade que todos façam os exames preventivos.
Também fazem parte do grupo de risco:
Também fazem parte do grupo de risco:
- Indivíduos com mais de 40 anos de idade - o risco de ser portador de glaucoma aumenta com a idade
- Raça negra - os indivíduos da raça negra tendem a desenvolver o glaucoma numa idade inferior à média e a probabilidade de ser afetada é quatro vezes maior em relação aos brancos.
- Altos míopes - indivíduos míopes que usam lentes acima de seis graus também estão sujeitos a um risco maior
- Diabéticos
- Pacientes que tiveram trauma ocular ou doenças intraoculares
Todas as pessoas que façam parte de algum dos grupos acima devem se submeter a exames oftalmológicos com regularidade.
Qual é o Tratamento do Glaucoma?
Apesar da pressão intra-ocular elevada não ser a única causa do glaucoma, até o momento diminuí-la é o principal tratamento. A pressão intra-ocular pode ser diminuída com medicamentos, em geral, colírios. Caso essa pressão não diminua com o uso de medicamentos, um procedimento cirúrgico poderá ser indicado, tanto a cirurgia a laser (trabeculoplastia) quanto a tradicional (trabeculectomia).
O colírio usado para baixar a pressão ocular deve ser usado para sempre?
Sim, a pressão interna dos olhos é o único fator relacionado ao glaucoma que é possível de intervir, portanto é onde são investidos recursos para controle. Os COLÍRIOS são os meios até o momento mais seguros de manter o controle da pressão do olho e como já foi comprovado que o controle da pressão retarda a evolução do glaucoma é necessário o uso contínuo destes colírios para proteger o olho da lesão do glaucoma.
Quando a pressão ocular estiver normalizada a pessoa pode parar de usar os colírios?
Não, se são os COLÍRIOS que no caso estão mantendo a pressão controlada, parar seu uso causará novo desequilíbrio e aumento da pressão. Quando o controle não é alcançado com os colírios em terapia máxima a cirurgia para redução da pressão deve ser indicada.
Quando se opera o glaucoma o problema da pressão está resolvido?
Na maioria dos pacientes que são submetidos a CIRURGIA para redução da pressão interna do olho ocorre o equilíbrio da pressão em um nível seguro, não precisando mais do uso de COLÍRIOS. Por outro lado, alguns pacientes podem apresentar difícil controle mesmo após a cirurgia, necessitando novas cirurgias ou até manter os colírios.
Quando se opera o glaucoma a visão pode voltar?
A CIRURGIA tem apenas o objetivo de controle da pressão interna do olho, para evitar a rápida progressão da lesão do glaucoma. Portanto não melhora a VISÃO já afetada pela lesão do NERVO ÓPTICO, pelo glaucoma.
Ter familiares com glaucoma aumenta o risco de ter glaucoma?
Sim, um dos fatores de risco muito importante para ter o glaucoma é a história familiar. Porém não quer dizer que obrigatoriamente terá glaucoma quem tiver familiar glaucomatoso. O EXAME oftalmológico adequado, com um bom oftalmologista, é muito importante para o esclarecimento de dúvidas.
Quais as pessoas mais propensas a terem glaucoma?
De acordo com as estatísticas, 1% a 2% da população acima de 40 anos é portadora de algum tipo de glaucoma. Filhos de glaucomatosos precisam verificar com mais freqüência sua pressão intraocular. Deve se ter atenção a certos MEDICAMENTOS que podem provocar o aumento da pressão intraocular.
QUAIS SÃO OS TIPOS DE GLAUCOMA ?
Glaucoma crônico de ângulo aberto
Ocorre em 80% dos casos e não apresenta sintomas no início. No entanto, se não for tratado precocemente, o paciente pode perder totalmente a visão com o passar dos anos.
Glaucoma agudo ou de ângulo fechado
Um olho normal sofre aumento grande e repentino da pressão intraocular, causando dor ocular tão intensa que, em geral, provoca crises de vômito.
Caso de emergência clínica. Pessoas com esse tipo de glaucoma apresentam aumento súbito da pressão ocular. Os sintomas incluem dor intensa e náusea, assim como vermelhidão ocular e visão embaçada. Sem tratamento, o paciente pode ficar cego em apenas um ou dois dias.
Caso de emergência clínica. Pessoas com esse tipo de glaucoma apresentam aumento súbito da pressão ocular. Os sintomas incluem dor intensa e náusea, assim como vermelhidão ocular e visão embaçada. Sem tratamento, o paciente pode ficar cego em apenas um ou dois dias.
Glaucoma de pressão normal
Nesse tipo de glaucoma, o dano ao nervo óptico e o estreitamento da visão lateral ocorrem inesperadamente em pessoas com pressão intraocular normal. Tanto nos casos de glaucoma de ângulo aberto como de pressão normal, raramente o paciente apresenta sintomas bem definidos, como dor nos olhos ou a redor deles e alteração da visão. O glaucoma pode levar meses e até anos para se desenvolver, sem apresentar qualquer alteração. Na maioria dos casos, a doença progride lentamente, sem que o paciente note a perda gradual da visão periférica. Normalmente, a visão vai piorando das laterais para o centro do campo visual.
Glaucoma secundário
Glaucoma decorrente de outras doenças. Em certos casos, estão associados com cirurgia ocular ou cataratas avançadas, lesões oculares, alguns tipos de tumor ou uveíte (inflamação ocular). Da mesma forma, os corticosteroides- usados para tratar inflamações oculares e outras doenças, podem desencadear o glaucoma em algumas pessoas se usados indiscriminadamente.
Glaucoma congênito
A criança que nasce com glaucoma, geralmente apresenta sintomas característicos, como olhos embaçados, sensibilidade à luz, lacrimejamento excessivo, globo ocular aumentado e córnea grande e opacificada. O pediatra pode fazer este diagnóstico. Essas alterações são decorrentes do aumento da pressão intraocular que pode acontecer já durante a gestação. O tratamento sugerido é a cirurgia, que caso seja feita precocemente pode apresentar bons resultados.
Estrabismo
Estrabismo é uma condição comum entre crianças, que afeta cerca de 4% da população, mas que também pode ocorrer mais tarde durante a vida. Ele ocorre igualmente em pessoas do sexo masculino e feminino. Nas instituições para cegos e clínicas de visão subnormal as estatísticas demonstram que 70% dos pacientes não seriam cegos, se tivessem sido tratados precocemente. Essa estatística se reveste de grande importância social, quando consideramos que esses cegos poderiam ser pessoas com visão normal se tivessem sido examinadas no início de suas vidas.O Diagnóstico precoce da deficiência visual é essencial, porque no primeiro ano de vida é que as funções visuais básicas se estabelecem ativando as funções visuais cerebrais.
O Estrabismo tem por definição a falta de paralelismo de ambos os olhos,ou seja,quando um olho fixa um objeto e o outro não acompanha,levando ao cérebro duas imagens distintas provenientes uma de cada olho.Quando isto ocorre em adultos a pessoa terá a sensação de enxergar duas imagens distintas,fenômeno conhecido como diplopia. Em crianças abaixo de 6 anos de idade acontece um mecanismo chamado de supressão.Para proteger a criança da confusão das duas imagens o cérebro "desliga" o olho desviado.Se esse fenômeno da supressão persiste durante muito tempo ele gera uma diminuição permanente e muitas vezes irrecuperável da visão que damos o nome de ambliopia.
Tipos de Estrabismos mais comuns:
Convergente:Desvio dos olhos para dentro(medial)
Divergente:Desvio dos olhos para fora(temporal)
Há ainda os estrabismos verticais e oblíquos que podem se associar aos convergentes e divergentes.
Tratamento
A primeira linha de tratamento consiste em reestabelecer a visão que muitas vezes se apresenta diminuída em crianças.O tratamento de oclusão do olho de melhor visão para estimular o olho desviado ainda é classicamente utilizado.Em muitos casos o estrabismo é associado a erros de refração (miopia ,astigmatismo e hipermetropia) que devem ser corrigidos com óculos ou lentes de contato associados ou não à terapia de oclusão.Em alguns casos este tratamento resolve o estrabismo.Quando isso não acontecer indica-se cirurgia. Como os movimentos oculares dependem da atividade conjunta dos 12 músculos(6 para cada olho) o tratamento na grande maioria das vezes é cirúrgico. Através da regulagem de força destes músculos se consegue um alinhamento eficiente. A cirurgia de estrabismo é feita em caráter ambulatorial.Com a evolução das novas técnicas cirúrgicas tais como as suturas reajustáveis e o uso da toxina botulínica cada vez mais se logra sucesso pós operatório.
Por fim,toda a criança com suspeita de estrabismo,por menor que seja,ou com história familiar de estrabismo,deve ser avaliada o quanto antes para impedir o desenvolvimento da ambliopia.Naqueles pacientes que apresentam estrabismo em idade mais avançada também o resultado cirúrgico pode ser promissor,não existindo limite de idade para a correção cirúrgica.
Descolamento de Retina
O Descolamento de Retina é uma doença grave com comprometimento importante da visão e de tratamento essencialmente cirúrgico. A Retina é um tecido bem fino e delicado que fica localizado na parte mais interna do olho. Ela é responsável pela captação da luz e transmissão da imagem até o nervo óptico. Quando a retina se solta ou se desprende das outras estruturas do olho ocorre o que chamamos de Descolamento da Retina.
Causas do Descolamento de Retina
O Descolamento de Retina pode acontecer sem nenhum fator desencadeante mas normalmente é possível identificar algum fator de risco que tenha levado a essa doença:
- Trauma Ocular: Os traumatismo de olho ou de rosto (ex: soco, queda, acidente de carro) podem causar um Descolamento de Retina. Todo paciente que tenha sofrido algum tipo de trauma na região do rosto ou da cabeça precisa fazer um exame de fundo de olho para investigar algum risco de ter um descolamento de retina
- Alta Miopia: Os pacientes com graus médios ou altos de miopia (maior do que 3 ou 4 graus) são pacientes com maior risco de descolamento de retina e por isso devem realizar exames de fundo de olho (mapeamento de retina) pelo menos 1 vez ao ano
- Diabetes: As alterações oculares decorrentes da diabetes podem levar a um tipo de descolamento de retina, chamado Descolamento de Retina Tracional.
- Tumores Oculares: Os tumores oculares são bastante raros mas quando ocorrem podem causar descolamento de retina
Sintomas do Descolamento de Retina
Quando o descolamento de retina começa a aparecer o paciente pode notar pequenos pontos pretos flutuantes na visão chamados de "moscas volantes". Junto também pode ocorrer "flashes de luz", como se fossem relâmpagos, chamados fotopsia. A presença desses dois sintomas (moscas volantes + fotopsia), principalmente quando surgem de forma subita, é um sinal de alerta e o oftalmologista deve ser procurado o mais rápido possível.
Quando o descolamento de retina já ocorreu, a pessoa nota diminuição do campo de visão (uma mancha escura grande tampando toda a visão ou só uma parte dela). Essa mancha escura pode ser no centro da visão ou na periferia da visão.
Quando o descolamento de retina já ocorreu, a pessoa nota diminuição do campo de visão (uma mancha escura grande tampando toda a visão ou só uma parte dela). Essa mancha escura pode ser no centro da visão ou na periferia da visão.
O descolamento de retina não causa dor e nem vermelhidão nos olhos.
Como ocorre o Descolamento da Retina?
Nos pacientes de risco ou mesmo em paciente sem qualquer fator de risco, a retina sofre um rasgo ou uma pequena rotura. Através dessa rotura, o vítreo (que é um líquido que preenche o nosso olho) passa para a parte de trás da retina, descolando-a. Esse é o tipo de descolamento da retina chamado regmatogênico. Em outros casos, como no diabetes, o mecanismo é diferente. O vítreo fica fibrosado e traciona a retina, descolando-a. Esse tipo chamamos de descolamento da retina tracional. Já no descolamento de retina Exsudativo há acúmulo de líquido sob a retina, proveniente de outra estrutura debaixo da retina, geralmente associado a alguma doença inflamatória ou tumor intraocular.
Tratamento do Descolamento de Retina
Tratamento do Descolamento de Retina
São 2 opções básicas para o tratamento do descolamento da retina : Laser ou cirurgia.
Laser para Descolamento de Retina
Quando o descolamento de retina ainda não ocorreu mas há lesões na retina que poderão causar o descolamento (como pequenos rasgos, degenerações ou roturas na retina) o laser é o tratamento ideal. O laser "cerca" a rotura ou, em outras palavras, impede que o líquido passe através dessa pequena rotura e descole a retina.
Vitrectomia e Descolamento de Retina
Mas quando a retina já se descolou o tratamento é cirúrgico. Existem dois tipos de cirurgia de retina:
A retinopexia com introflexão escleral, que é uma técnica mais simples e mais antiga, indicada para casos mais leves e mais iniciais do descolamento de retina.
A vitrectomia via pars plana é a principal cirurgia de retina. É uma cirurgia grande, trabalhosa, mas quando executada por um bom cirurgião e em determinadas doenças tem um resultado excelente. Durante a vitrectomia, o cirurgião pode optar por injetar um gás (C3F8) ou uma camada de óleo de silicone dentro do olho para manter a retina colada e evitar que ela se solte no pós operatório. O gás é absorvido com o tempo mas o óleo exige uma segunda cirurgia para retira-lo depois.
O mais importante é fazer a cirurgia o mais rápido possível. Quanto mais tempo a retina ficar descolada, menor será a chance da visão voltar ao normal.
A retinopexia com introflexão escleral, que é uma técnica mais simples e mais antiga, indicada para casos mais leves e mais iniciais do descolamento de retina.
A vitrectomia via pars plana é a principal cirurgia de retina. É uma cirurgia grande, trabalhosa, mas quando executada por um bom cirurgião e em determinadas doenças tem um resultado excelente. Durante a vitrectomia, o cirurgião pode optar por injetar um gás (C3F8) ou uma camada de óleo de silicone dentro do olho para manter a retina colada e evitar que ela se solte no pós operatório. O gás é absorvido com o tempo mas o óleo exige uma segunda cirurgia para retira-lo depois.
O mais importante é fazer a cirurgia o mais rápido possível. Quanto mais tempo a retina ficar descolada, menor será a chance da visão voltar ao normal.
O que é descolamento de retina em funil aberto e em funil fechado?
Isso é uma característica da retina após o descolamento. Dependendo da forma da retina descolada nós chamaremos de funil aberto ou funil fechado. O descolamento de retina em funil fechado tem um prognóstico muito reservado
Eu vejo pontos pretos flutuando na frente dos meus olhos (moscas volantes). Eu tenho descolamento de retina?
Não necessariamente. Esses pontos pretos (que algumas pessoas dizem parecer uma teia de aranha ou um inseto pequeno) são sinais de descolamento do vítreo que é muito mais comum que o de retina. Nesses casos pode haver ou não um descolamento de retina associado e por isso é importante um exame de mapeamento de retina e um ultrassom ocular. O descolamento do vítreo não causa qualquer problema na visão.
Eu vou fazer cirurgia de catarata ou cirurgia de miopia. Tenho que me preocupar com descolamento de retina?
Sim. Todo paciente que vai fazer uma cirurgia de catarata ou cirurgia refrativa para miopia deve se precaver com exames de retina (mapeamento de retina e ultrassonografia) para identificar possíveis alterações que levem a um descolamento de retina. Se for identificado alguma lesão (rotura ou buraco na retina) que leve ao descolamento de retina, as lesões deverão ser tratadas com laser antes da cirurgia de catarata ou de miopia.
Degeneração Macular Relacionada a Idade
A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) é uma doença ocular que acomete a mácula, região central da retina, responsável pela visão detalhada, central, e de cores. Em muitos casos, a DMRI avança tão lentamente que a pessoa percebe pouca ou nenhuma mudança em sua visão. Em outros, a doença progride rápido e pode levar a uma perda significativa da visão central em ambos os olhos. Há dois tipos de DMRI: o tipo "seco" (atrófica) e o tipo "úmido" (exsudativa).
1 - Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) do Tipo Seco ou Atrófica: responsável pela maioria dos casos (85-90%). É caracterizada pela formação de pequenos depósitos amarelados sob a mácula. Estes depósitos são chamados de "drusas" e podem fazer com que a mácula fique mais fina e completamente ressecada.
2 - Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) do Tipo Úmido ou Exsudativa: às vezes, a DMRI seca se transforma em úmida conforme novos vasos sangüíneos anormais são formados sob a mácula. Esses vasos sangüíneos incham, rompem e formam tecidos de cicatrização que permanentemente danificam a visão, tornando as cores e os raios de luz embaçados antes que possam atingir a mácula. Representa em torno de 10-15% dos casos de DMRI.
Fatores de risco:
2 - Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) do Tipo Úmido ou Exsudativa: às vezes, a DMRI seca se transforma em úmida conforme novos vasos sangüíneos anormais são formados sob a mácula. Esses vasos sangüíneos incham, rompem e formam tecidos de cicatrização que permanentemente danificam a visão, tornando as cores e os raios de luz embaçados antes que possam atingir a mácula. Representa em torno de 10-15% dos casos de DMRI.
Fatores de risco:
- Idade acima de 60 anos;
- Dieta e nutrição deficiente em frutas e vegetais (vitaminas A, C e E, zinco e cobre);
- Luz solar, radiação ultravioleta mais elevada;
- Fumo;
- Doença cardíaca;
- Hereditariedade;
- Raça Branca.
Sintomas da doença : A DMRI pode afetar um ou os dois olhos e pode produzir os seguintes sintomas:
- Linhas retas parecem onduladas.
- As cores são pálidas.
- As letras ficam borradas.
- Visão de flashes de luz ou pontos escuros.
- Sensação de visão dupla. Na forma seca de DMRI, a perda de visão central é gradual, sua extensão está relacionada com a localização e quantidade de afinamento macular causado pelos depósitos amarelados. As pessoas com DMRI úmida têm uma perda de visão mais rápida (semanas ou meses) por causa do rompimento de vasos ou sangramento sob a mácula.
O que devo fazer se tiver DMRI?
Você deve checar a visão central de cada olho separadamente pelo menos uma vez por semana. Se ao fazer isso perceber alguma diferença procure seu oftalmologista rapidamente.
Tratamento:
Não há tratamento para a DMRI seca. O estudo AREDS (Age-Related Eye Disease Study, ou doenças oftalmológicas relacionadas à idade), realizado pelo "braço oftalmológico" do NIH, acompanhou um grupo de pacientes por uma década para avaliar os efeitos de antioxidantes e zinco na prevenção da DMRI e da catarata. Nos resultados, os pacientes com DMRI intermediária ou avançada que usaram vitaminas antioxidantes apresentaram progressão mais lenta da doença.
Já a DMRI úmida tem dois tipos de tratamento: o primeiro utiliza laser para cauterizar os vasos anormais que surgiram na retina, apesar de também prejudicar a retina saudável próxima à área afetada pela doença. O segundo tipo e mais novo é o uso de medicações que bloqueiam algumas moléculas responsáveis pela formação deses vasos como o VEGF (sigla em inglês para fator de crescimento de vasos endotelial). Os medicamentos utilizados atualmente são Bevacizumabe (AVASTIN) e Ranibizumabe (LUCENTIS).
Prognóstico:
A DMRI quase nunca causa cegueira total. Tipicamente a visão lateral e periférica permanece inalterada. Entretanto, o efeito da perda de visão central pode ser problemático na vida da pessoa, e pode restringir atividades como ler, dirigir e reconhecer fisionomias.
TESTE DMRI - Olhe fixamente no ponto central da figura a esquerda. Caso você perceba as linhas retas arredondadas, distorcidas ou borradas ( como na figura da deireita ), pode significar o início de um problema na mácula (região central da visão). Neste caso, também é necessário procurar seu oftalmologista.
Conjuntivite
O QUE É?
A conjuntivite é uma doença que se caracteriza pela inflamação da conjuntiva, causada por agentes tóxicos, alergias, bactérias ou vírus. A conjuntiva é a membrana transparente que recobre o globo ocular e a parte interna da pálpebra. A conjuntivite viral é altamente contagiosa, freqüente no verão, e apesar de não ser grave provoca muito incômodo e alguns cuidados devem ser tomados para que não se transforme em epidemia.
Geralmente compromete os dois olhos, não necessariamente ao mesmo tempo, sendo o contagio feito pelo contato direto com a pessoa doente ou objetos contaminados. Esta contaminação ocorre com maior facilidade em ambientes fechados como escolas, creches e ônibus.
SINTOMAS
Os principais sintomas da conjuntivite são:
Olho vermelho e lacrimejante;
Inchaço nas pálpebras;
Intolerância à luz;
Visão borrada.
Inchaço nas pálpebras;
Intolerância à luz;
Visão borrada.
A secreção da conjuntivite viral é mais esbranquiçada, em pequena quantidade e demorando aproximadamente 15 a 20 dias para desaparecer com tratamento adequado. A secreção da conjuntivite bacteriana é mais amarelada e abundante. Demorar de 5 a 7 dias para desaparecer com tratamento adequado.
TRATAMENTO
Não existe tratamento específico para conjuntivite viral. Para diminuir os sintomas e o desconforto pode-se utilizar soro fisiológico gelado e compressas sobre as pálpebras, limpar os olhos com frequência, ou ainda, usar colírios lubrificantes e lágrimas artificiais.
Algumas medidas podem ser tomadas para se evitar a propagação da conjuntivite viral:
- Lave suas mãos com frequência.
- Não coloque as mãos nos olhos para evitar a recontaminação.
- Evite coçar os olhos para diminuir a irritação da área.
- Lave as mãos antes e depois do uso de colírios ou pomadas.
- Ao usar, não encoste o frasco do colírios ou da pomada no olho.
- Evite a exposição à agentes irritantes (fumaça) e/ou alégenos (pólen) que podem causar a conjuntivite.
- Não use lentes de contato enquanto estiver com conjuntivite.
- Não use lentes de contato se estiver usando colírios ou pomadas.
- Não compartilhar lençóis, toalhas, travesseiros e outros objetos de uso pessoal de quem está com conjuntivite;
- Evitar piscinas
É importante que haja o acompanhamento do oftalmologista para um diagnóstico preciso e tratamento adequado. A conjuntivite bacteriana deve além desses cuidados, usar colírios e antibióticos prescritos somente pelo oftalmologista.
PREVENÇÃO
É difícil prevenir-se das conjuntivites, mas algumas medidas podem diminuir o risco de você adquirir uma conjuntivite, que são:
- Não use maquiagem de outras pessoas (e nem empreste as suas).
- Evite compartilhar toalhas de rosto.
- Lave as mãos com frequência e não coloque-as nos olhos.
- Use óculos de mergulho para nadar, ou óculos de proteção se você trabalha com produtos químicos.
- Não use medicamentos (pomadas, colírios) sem prescrição (ou que foram indicados para outra pessoa).
- Evite nadar em piscinas sem cloro ou em lagos.
Catarata
Quais são os Sintomas?
Os sintomas costumam aparecer depois dos cinqüenta anos. Inicialmente percebem-se flutuações da visão. Em alguns momentos - como dirigir sob muito sol - há grande dificuldade em se enxergar. A diminuição do contraste, alterações das cores e embaçamento da visão se seguem com maior ou menor intensidade.
Se você comparar seu olho a uma câmara fotográfica o cristalino é a lente que modifica o foco para dar nitidez a objetos em várias distância. A catarata é o envelhecimento natural do cristalino que se torna opaco. Como o aparecimento dos cabelos branco, a catarata irá se manifestar em diferentes idades em cada indivíduo ou família. Mesmo recém nascidos podem ter catarata, por outro lado pessoas de idade avançada podem manter sua plena visão.
Os principais sintomas são:
- Mudança na percepção das cores
- Dificuldade para enxergar em ambientes muito iluminados
- Mudança do grau dos óculos
- Visão de arco-íris ou pontos flutuantes no campo visual
Uma curiosidade:
Um dos sintomas da catarata é o que chamamos de miopia de índice, ou seja o cristalino aumenta seu volume e as pessoas míopes ficam mais míopes ou hipermétrope tem seu grau diminuído. O míope vê bem de perto sem óculos. Quando vemos nossas avós enfiando a linha na agulha sem óculos esse pode ser sinal de que a vovó está desenvolvendo catarata !
Causas de catarata:
A catarata pode ser resultante de problemas genéticos, metabólicos, nutricionais e agressões ambientais como a exposição excessiva à luz solar. Pode ser secundária a outras doenças oculares e sistêmicas, porém o fator de risco mais relevante é a idade.
Tipos de catarata:
Senil: É o tipo de catarata mais comum, seu surgimento está relacionado ao avanço da idade. Aproximadamente aos 60 anos, a probabilidade de desenvolver a doença aumenta significativamente.
Congênita: É aquela que se manifesta na infância, podendo surgir do nascimento até os 10 anos de idade.
Traumática: Relacionada a lesões oculares (sejam elas perfurantes ou não).
Secundária:
Aparece em decorrência de outras doenças sistêmicas (por exemplo, a diabetes) e oculares (por exemplo, uveíte), e ao uso de alguns medicamentos, sejam eles usados em forma de colírios ou via oral. Destacam-se aqui os corticóides, que sabidamente podem induzir o surgimento de catarata e também aumentar a pressão intra-ocular.
Catarata na infância
A criança está sujeita basicamente à ocorrência de dois tipos de catarata distintos: o primeiro é a catarata congênita, ou seja, aquela que se manifesta ao nascimento do bebê. Seu principal sintoma é a pupila (comumente chamada de menina dos olhos) branca. O tratamento deste tipo de catarata deve ser imediato, de acordo com a gravidade do caso. Assim sendo, é importante um exame oftalmológico sumário de todos os recém-nascidos.
As cataratas congênitas podem ocorrer isoladamente ou associadas a outras alterações dos recém-nascidos. Alguns dos problemas mais comumente associados são a surdez e o atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. É importante observar o comportamento e o crescimento das crianças para detectar tais problemas o mais precocemente possível.
O segundo tipo de catarata comum nas crianças é aquela provocada por traumas perfurantes produzidos por tesouras, lápis, canetas e outros objetos pontiagudos. Daí a importância de se selecionar atentamente os brinquedos das crianças, mantendo constante vigilância às suas atividades.
Muitos colírios prometem a regressão ou estabilização da catarata. Já se tentou homeopatia, vitaminas, filtros solares e anti-oxidantes. Nenhum deles mostrou comprovada eficácia. O tratamento é cirúrgico. Consiste na substituição do cristalino por uma lente intra-ocular definitiva. Costuma ser uma cirurgia rápida e de breve recuperação. A grande maioria das pessoas obtém bons resultados.
Quando operar?
A simples presença da catarata nem sempre é suficiente para indicar sua remoção. Deve-se levar em conta a acuidade visual do olho a ser operado, o estado de saúde geral do paciente e principalmente as possíveis alterações oculares coexistentes que podem interferir no resultado cirúrgico. Tais problemas também podem dificultar ou até contra-indicar a execução da cirurgia. O médico especialista é a pessoa mais bem preparada para indicar a hora certa da operação.
Pré-operatório:
O exame oftalmológico completo é o pré-requisito básico para se diagnosticar a catarata e antever os possíveis problemas. Em seguida, avaliando-se individualmente cada paciente, podem ser necessários alguns exames complementares que ajudariam a reduzir os riscos durante o ato cirúrgico. O paciente, principalmente aquele com idade mais avançada, deve se submeter a um check-up de saúde geral chamado comumente de risco cirúrgico. Ele pode ser feito por um médico clínico ou cardiologista que conheça bem o organismo do paciente a ser operado. Em situações especiais, pode ser necessária uma avaliação complementar por um médico endocrinologista, um neurologista, ou outros especialistas.
No pré-operatório os pacientes devem manter os medicamentos de uso contínuo, sempre comunicando o fato ao oftalmologista e/ou anestesista. Alguns colírios devem ser utilizados antes da cirurgia e é importante seguir corretamente a prescrição pós-operatória indicada pelo cirurgião. Com relação à alimentação, aconselha-se jejum de alimentos sólidos por pelo menos quatro horas antes da cirurgia, mas esta conduta pode variar de caso a caso.
Pós-operatório:
No período que se segue à cirurgia, alguns cuidados devem ser tomados pelo paciente operado a fim de garantir uma recuperação adequada. Não coçar o olho operado, protegendo-o sempre que necessário, evitar o contato direto com água e minimizar a exposição à ambientes poluídos, poeiras e vapores. É necessário reduzir temporariamente a atividade física e a execução de tarefas domésticas. Deve-se ainda ter cuidado com o caminhar, estando atento para pisos irregulares, tapetes e quaisquer outros obstáculos. Seguindo estas observações, assegura-se uma recuperação adequada da cirurgia.
Cuidados especiais:
Pacientes muito ansiosos e tensos podem necessitar de leve sedação, o que facilita o procedimento.
Todos os medicamentos tomados pelo paciente devem ser informados previamente à equipe cirúrgica. Alguns médicos sugerem a suspensão do uso de anticoagulantes, tais como a Aspirina, AAS e Melhoral Infantil até 10 dias antes da cirurgia, mas esta conduta não é consenso geral. Pacientes portadores de diabetes devem ter monitoração de seus níveis glicêmicos (glicose), pois estes interferem significativamente no metabolismo, podendo prejudicar a cicatrização.
Outros casos especiais devem ser considerados, analisando-se cada situação detalhadamente com o auxílio do médico especialista em questão. Um exemplo é a catarata infantil ou congênita onde o preparo, a anestesia e a cirurgia em si, bem como o uso ou não da lente intra-ocular, serão abordados de acordo com a idade, acuidade visual, tipo de catarata, presença de outra alteração concomitante e estado geral da criança portadora da catarata.
Lente Intra- Ocular
Para recompor o sistema óptico natural temos que substituir o cristalino natural por uma lente intra-ocular (LIO - cristalino artificial).
As lentes intra-oculares surgiram da observação de Harold Ridley - oftalmologista da força aérea inglesa - durante a 2a guerra mundial. Ele observou fragmentos das cabines dos aviões de caça - feitas de acrílico transparente - nos olhos de pilotos feridos em combate. Esses fragmentos permaneciam inertes dentro do olho. Teve então a idéia de usar o mesmo acrílico, o polimetilmetacrilato, para confeccionar lentes intra-oculares. As primeiras lentes eram muito pesadas e não conseguiam se manter na posição. Foram precisos 50 anos de pesquisas para chegarmos às modernas lentes utilizadas hoje em dia.
A Lente Intra Ocular (LIO) é uma lente definitiva. O paciente e as pessoas a sua volta não percebem a presença da LIO. Mesmo com a LIO costumam ser necessários óculos para se obter a melhor visão possível (em especial para perto).
Cada técnica cirúrgica exige um modelo especial de lente intra-ocular. A faco-emulsificação exige lentes dobráveis, que possam ser injetadas dentro do olho pela pequena incisão. Cada cirurgião de catarata tem as suas preferências - são lentes com as quais têm maior experiência e segurança de bons resultados. Na ausência do suporte capsular usamos lentes especiais de câmara anterior, ou as chamadas lentes de fixação escleral.
Lentes de Contato
LENTES DE CONTATO
O que são?
As lentes de
contato são utilizadas
para a correção de diversos problemas óticos. Além dos benefícios estéticos,
oferecem maior conforto e são uma opção interessante para quem não pode ser
operado. Em alguns casos específicos, o uso de lentes de
contato apresenta
resultados mais eficientes do que o uso de óculos.
No mercado existem inúmeras opções como: lentes de contato gelatinosas esféricas para uso diário, descartáveis, tóricas, multifocais, filtrantes, terapêuticas, coloridas, lentes de contato rígidas de todos os materiais, siliconadas, fluorcaronadas, híbridas, flexíveis etc. Por isso a escolha deve ser orientada por um oftalmologista.
Através de uma minuciosa avaliação do estilo de vida e da fisiologia do olho do paciente é possível descobrir a lente de contato mais indicada para cada problema.
DICAS IMPORTANTES
No mercado existem inúmeras opções como: lentes de contato gelatinosas esféricas para uso diário, descartáveis, tóricas, multifocais, filtrantes, terapêuticas, coloridas, lentes de contato rígidas de todos os materiais, siliconadas, fluorcaronadas, híbridas, flexíveis etc. Por isso a escolha deve ser orientada por um oftalmologista.
Através de uma minuciosa avaliação do estilo de vida e da fisiologia do olho do paciente é possível descobrir a lente de contato mais indicada para cada problema.
DICAS IMPORTANTES
·
Toda
lente de contato movimenta-se no olho a cada piscar, podendo em alguns casos
deslocar-se. Caso isso se repita muito ou se a lente sair do olho com
freqüência, avise seu médico.
·
Receita
de óculos não é receita de lentes de contato. As características da sua lente
são obtidas após um teste.
·
Todo
usuário de lentes deve ter um óculos, mesmo que não esteja atualizado, para ser
usados em situações inesperadas (perda de lente, conjuntivites, irritações) e
também para uso em casa quando não estiver com lentes.
·
Dormir
com lentes de contato aumenta o risco de complicações, tais como ulcera de
córnia.
·
Nem todas
as lentes chamadas de uso prolongado são adequadas para uso durante o sono.
·
O uso de
óculos escuros sobre as lentes de contato não é obrigatório, mas pode trazer
mais conforto durante o uso em ambientes muito claros. Devido ao alto risco de
contaminação, deve-se evitar o uso de lentes em saunas.
·
O uso de
lentes em aviões deve ser evitado em função do ressecamento causado pelo ar
condicionado e pela baixa umidade.
COMO CUIDAR DAS SUAS LENTES DE CONTATO
1. Mantenha sempre o protetor do
ralo na pia ao manipular as lentes.
2. Mantenha suas mãos e unhas sempre
limpas.
3. Para prevenir confusões, sempre
manuseie primeiro a lente direita, evitando assim a troca de lentes.
4. Limpe semanalmente o estojo de
conservação com água e sabão. Recomenda-se que o mesmo seja trocado a cada 6
meses.
5. Para o enxágüe das lentes deve-se
usar soluções apropriadas, podendo também ser usado soro fisiológico 0,09%. Não
esqueça que o frasco do soro aberto que não estiver sendo usado deve ser sempre
conservado em geladeira e descartado em no máximo sete dias.
6. Não utilize água de torneira para
a limpeza das lentes.
LIMPEZA DIÁRIA DAS LENTES
As lentes devem ser limpas todos os dias após o uso. Aplique duas gotas
da solução limpadora indicada sobre a lente, friccione suavemente contra a
palma da mão por alguns segundos e então enxágüe como o soro fisiológico.
DESINFECÇÃO DIÁRIA DAS LENTES
Deve ser feita para impedir que as lentes se contaminem. Para isso, após
limpar suas lentes, coloque-as no estojo imersas na solução indicada todas as
noites.
Recomenda-se enxaguar as lentes com a mesma solução antes do uso. O
produto deve ser trocado no estojo TODOS OS DIAS
DESPROTEINIZAÇÃO
É a remoção dos depósitos de proteínas que se acumulam na superfície das
lentes deve ser feita periodicamente, independente da limpeza. Coloca-se um
comprimido em cada frasco, que deve ser preenchido com a solução até a marca.
Deixar as lentes por uma noite a cada quinze dias. Caso o produto seja na forma
líquida, coloque uma gota em cada lado do estojo preenchido com a solução todas
as noites.
LUBRIFICAÇÃO
Existem colírios apropriados para usar com lentes de contato.
SOLUÇÕES MULTIUSO PARA LENTES
GELATINOSAS E DURAS
Contém substâncias químicas que servem para desinfecção, limpeza e
desproteinização ou seja, com um só produto é possível cuidar adequadamente das
lentes gelatinosas e duras.
PERÍDO DE ADAPTAÇÃO
Iniciar o uso com duas horas de manhã e duas horas a tarde, fazendo o
intervalo de duas horas. Aumentar uma hora de uso por período, desde que tenha
sido conforto no dia anterior. Enquanto persistir a intolerância, não aumente o
número de horas.
CASO ALGUM DOS SINTOMAS OU SINAIS
DESCRITOS ABAIXO APAREÇA, SUSPENDA O USO E COMUNIQUE-SE IMEDIATAMENTE COM SEU
MÉDICO:
Dor persistente, que não melhora com a retirada das lentes; Dor que
melhora com a retirada das lentes; Vermelhidão; Turvação da vista; Secreção
ocular (ramela).
DÚVIDAS
Quando usar lentes de contato?
São usadas para fins estéticos,
substituindo os óculos em casos de miopia, hipermetropia, astigmatismo e
presbiopia. As lentes gelatinosas coloridas podem modificar a cor de seus
olhos. Estas lentes são indicadas também para pessoas que têm cicatriz aparente
na córnea, em caso de ausência ou perda de íris (cor dos olhos) e para albinos.
Várias doenças corneanas só podem ser curadas ou controladas com uso de lentes
de contato. As lentes de contato proporcionam melhor visão do que os óculos em
pessoas portadoras de ceratocone, anisometropia, astigmatismo irregular e em
outros casos específicos.
A partir de que idade pode-se
usar lentes de contato?
Não há idade mínima para o início
do uso de lentes de contato, está a critério médico. O que deve haver é a consciência
do usuário e de seu responsável de seguir as orientações do especialista para
evitar problema aos olhos. Muitos jovens preferem a aparência natural das
lentes de contato, o que os faz sentirem-se mais seguros de si no trato social.
Eles apresentam um melhor desempenho nos esportes, pois as lentes de contato
proporcionam melhor visão periférica do que os óculos.
As lentes de Contato Podem
Prejudicar os Olhos?
Devido ao contato com os olhos,
as lentes necessitam de um acompanhamento do oftalmologista. Embora sejam
seguras em pacientes bem adaptados e bem orientados, algumas alterações
oculares podem ocorrer sendo as infecções as mais temidas. Se você estiver bem
orientado, a chance de complicação é pequena.
É possível usar maquilagem e
cremes com lentes de contato?
Sim. No entanto, alguns tipos de
maquilagem devem ser evitados, como sombras em pó, rímel à prova d'água e
passar lápis na borda interna das pálpebras.Ao aplicar creme nas pálpebras,
evite-se sujar os cílios e, de preferência, depois de 20 minutos, tirar o
excesso com lenço de papel. O creme pode penetrar nos olhos durante a noite,
sujando o filme lacrimal e provocando turvação de visão, além de ardência.
As lentes podem escorregar para
trás do globo ocular?
A anatomia do olho não permite que
a lente se desloque para trás dele, mas ela pode permanecer escondida sob a
pálpebras. Se o usuário não consegue removê-la, deve procurar o especialista.
É possível praticar natação,
usando lentes de contato?
É possível, mas recomenda-se o
uso de óculos de proteção, porque o cloro amarela a lente e, principalmente,
por causa Do risco de contaminação em piscinas públicas. Quando a lente for
molhada com água poluída, deve ser retirada para limpeza e desinfecção o mais
rápido possível.
Algumas lentes são melhores que
outras?
Todas
apresentam vantagens. Decida, com seu oftalmologista, qual o tipo que melhor se
adaptará ao seu caso.
Assinar:
Postagens (Atom)